terça-feira, julho 16, 2013

Samba e socialismo! Tudo a ver!!


João Augusto Moojen me enviou está jóia que publico tambem no Blog do Luiz Aparecido em www.luizap.blogspot.com

SAMBA E A CHAMA SOCIALISTA

O Samba é um dos traços mais autênticos e genuínos da cultura brasileira. Forma de expressão musical essencialmente negra em suas matrizes, símbolo da contribuição africana na formação da nação brasileira, e que ao mesmo tempo traduz como nenhuma outra os traços mestiços de nosso povo que se forma do encontro de três raças.
O Samba espelha de maneira maravilhosa a incorporação dos principais legados culturais da africanidade para a identidade brasileira, num exemplo portentoso de afirmação e síntese dialética na construção dos traços marcantes da face nacional.
A cultura do samba engendra uma forma particularmente brasileira de construção social. Nela prima a singularidade do indivíduo e de sua expressão criativa, enquanto na sociedade capitalista o indivíduo é uma parte desqualificada de uma massa informe.
O sambista é sujeito da história, quando constrói seu espaço de sociabilidade, de integração e de expressão singulares a partir da prática do canto, da dança, das poesia, da critica. O indivíduo na sociedade capitalista está sujeito às regras preestabelecidas que normatizam os espaços de integração e socialização, sobre os quais ele não pode influír.O que pode parecer mera teoria, transforma-se em vivência: quem participa de um samba verdadeiro pode experimentar, na prática, uma forma de socialização que rejeita e reinventa as regras da sociedade capitalista; pode experimentar uma das mais belas formas de funcionamento de uma estrutura social sem classes, sem o predomínio da lógica abstrata e embrutecedora do dinheiro e do poder.
Por isso a história do samba, como a de outras manifestações autênticas da cultura dos povos, é uma tensão dialética constante entre afirmação da identidade popular e a reação das super estruturas do capitalismo. Ora pela repressão, ora pela apropriação; condenação ao esquecimento, seja pela cooptação. Sempre que um surdo bater a marcação, um tamborim fizer o contraponto, um cavaco der um tom, a cuíca chorar e o pandeiro rufar suas platinelas, a chama socialista ali estará acesa.

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