quinta-feira, maio 30, 2013

Blog do Luiz Aparecido: UM ALERTA SOBRE A VOLTA DO NEOLIBERALISMO!!!

Blog do Luiz Aparecido: UM ALERTA SOBRE A VOLTA DO NEOLIBERALISMO!!!: Requião: Dilma entrega setores estratégicos da economia publicado em 29 de maio de 2013  do blog do Requião Volto hoje ao meu tem...

UM ALERTA SOBRE A VOLTA DO NEOLIBERALISMO!!!

Requião: Dilma entrega setores estratégicos da economia
publicado em 29 de maio de 2013 

Volto hoje ao meu tema de eleição, o tema que nesses dois anos e meio de mandato trouxe-me com frequência à tribuna. É a economia, senhoras e senhores senadores. Ela é o sal de nossas vidas. E as nossas vidas, a vida nacional têm andado um tanto quanto sensabor nos últimos meses.
Eu não diria que estamos repetindo o prato de feijão-com-arroz de Mailson da Nóbrega, que aquela mediocridade dificilmente alguém seria capaz de duplicar, mil anos vivêssemos. Mas estamos no ritmo da mesma toada, de idêntico cantochão, marcando passos que não atam e nem desatam.
A idéia parece ser esta mesmo: enrolar até a eleição de 2014; empurrar com barriga e fazer figa para que nada atrapalhe a manobra. Isso de uma banda; de outro lado, aprofundam-se, radicalizam-se as medidas de desnacionalização da economia e de privatização de setores estratégicos, como portos e energia.
Quer dizer, são dois movimentos: a deslocação das encrencas pelo bandulho, para que tudo fique no mesmo lugar, e a aceleração das privatizações, arrancando ciúmes do PSDB, do DEM e do PPS, tal a desfaçatez desse desbaratamento dos bens e das riquezas dos brasileiros.
Na trágica sessão desta Casa do dia 16 de maio, quando foi aprovada a famigerada e pouco cheirosa MP dos Portos, o senador José Agripino, cujas posições em favor das privatizações são claras, transparentes, sem disfarces ou truques, avaliou com acuidade a pantomima:
–Isso parece uma coisa surrealista!”, afirmou.
E emendava:
–Veja bem (…) : qual é a nossa praia, senador Aloísio? A nossa praia são as concessões, as privatizações, o prestígio ao capital privado. Votar uma matéria como essa é a nossa praia!. Está no nosso DNA!
O que o senador Agripino não aceitava, com toda razão, era essa forma de agir com a mão de gato. Afinal, não havia qualquer divergência de fundo entre os defensores do modelo neoliberal e o governo, quanto à privatização dos portos. Assim sendo, qual a necessidade de tratorar a tudo e a todos?
Sem mais aquela, sem pedir desculpas pela falseta, o governo invade a praia do PSDB, do DEM e do PPS com uma ousadia de penetra, espalhando areia e inconveniências no espaço alheio.
Mas eu que aos 72 anos imaginava ter visto tudo, vi mais. Vi, senadores eu ví, naquela constrangedora sessão, ví o líder do governo no Congresso, nosso prezado senador José Pimentel, em um gesto de magnanimidade e reconhecimento, agradecer a senadora Kátia Abreu pela “contribuição fundamental” para que a MP dos Portos fosse aprovada nesta Casa.
Os meus botões agitaram-se ao ouvir a homenagem. Não que a senadora não merecesse a deferência. Pelo contrário, pois igualmente ao senador Agripino, a senadora é transparente, tem posições claras e defende-as com vigor. Pode-se discordar delas, mas não há como desconhecê-las.
Por que então os meus botões inquietaram-se, sacudiram-se? Porque me veio à memória, ressoaram-me aos ouvidos o parecer do senador Jorge Viana, emitido no dia 1º de novembro de 2011, na Comissão de Assuntos Econômicos, contra projeto da senadora Kátia Abreu que, em sua essência, foi reproduzido pela Medida Provisória aprovada neste 16 de maio de 2013.
Entenderam?
A MP, de cuja autoria a Casa Civil orgulha-se e medalha-se pelo feito é, em seus pressupostos básicos, o Projeto de Lei do Senado nº 118 de 2009 da senadora Kátia Abreu repudiado pelo PT et alia na CAE, no dia 1º de novembro de 2011, Dia de
Todos os Santos, dia de todos os milagres, e véspera de Finados, dia de todos os mortos.
Estraçalhada na CAE, a proposta da senadora ressurge um ano e sete meses depois, sob o patrocínio de seus algozes. A alma da proposta da senadora reproduz-se na MP. E os que foram vigorosamente contra, na CAE, foram agora vigorosamente a favor, neste plenário.
Assim, o agradecimento do líder Pimentel à senadora equivaleu a um constrangido pedido de desculpa.
Mas, vamos lá, vamos ao relatório do senador Jorge Viana.
O senador começa rebatendo a argumentação da senadora de que o poder público não tinha recursos para investir nos portos, devendo, portanto, privatizá-los.
Agora, o governo argumenta que o poder público não tem dinheiro para investir nos portos, devendo, portanto, privatizá-los.
Depois de destacar o caráter público dos serviços portuários, o relatório defende a chamada “Lei dos Portos”, de 1993, agora execrada como se fosse a origem de todos os males praianos; assim como cerra guarda, apresenta armas ao decreto de 2008 do presidente Lula, agora também exposto à pancadaria pública.
A senadora pretende que as instalações portuárias de uso privativo misto possam destinar-se, “independente do percentual ”, à movimentação de carga própria e de terceiros.?
Calma, pois lá está o governo vigilante, bombardeando essa idéia.
A senadora considera que “em face do contraste entre as vastas e urgentes necessidades do País (…) e as escassas possibilidades de investimento do setor público, não mais se justifica a vedação (…) à implantação de portos (…) privados para movimentação de cargas de terceiros, “com ou sem a participação de cargas próprias”?
Não se preocupem, o governo está atento para garantir “que o terminal de uso privativo, exclusivo ou misto, deve ter sua construção e exploração vinculadas e justificadas por sua carga própria”.
Preservados esses princípios, como se fossem pétreos, inamovíveis, o relatório do governo dá-nos preciosos ensinamentos.
A citação é longa, mas esses argumentos, que agora são abominados, malditos precisam ser trazidos à memória pois eles não perderam sua validade, apesar da apostasia do governo e de sua base.
Diz o relatório do representante do governo da presidente Dilma Rousseff:
“Decorre desses dispositivos legais que a instalação de terminais privativos destina-se precipuamente à movimentação de carga própria, admitindo-se, adicionalmente, a movimentação de cargas de terceiros, de molde a permitir o aproveitamento econômico da capacidade ociosa desses terminais.
Diferentemente das instalações de uso público, os terminais privativos configuram-se como atividade econômica regida pelas normas do direito privado, para a qual não se aplica a vinculação aos mencionados princípios de continuidade, universalidade, isonomia e modicidade. Constitui prerrogativa das empresas privadas a faculdade de escolher os serviços que prestam, o que exclui, por exemplo, as atividades consideradas não lucrativas. Nesses casos, incumbe ao Poder Público exercer tão somente sua função regulatória, estabelecendo, entre outros, requisitos relativos à segurança e à qualidade dos serviços prestados.
Desse ponto de vista, qual seja o do interesse público, não parece apropriado, como pretende o projeto sob exame, estender às instalações portuárias de uso privativo função idêntica àquela essencialmente reservada aos terminais de uso público.
Como os terminais de uso privativo não estão sujeitos aos princípios gerais de interesse público, porque voltados para a movimentação de suas próprias cargas e, subsidiariamente, de algumas cargas de terceiros, haveria importantes assimetrias de custos de operação e de encargos regulatórios entre os terminais localizados nos portos públicos e os de uso privativo, caso se admitisse a indiscriminada movimentação de cargas de terceiros pelos portos de uso privativo.
Nesse sentido, se tornaria extremamente desigual a concorrência entre os operadores desses dois modelos de terminais — o concessionário de um porto público e o operador privado de seu próprio porto —, com notórias desvantagens para os terminais públicos em relação aos de uso privativo.
Não por acaso, portanto, é rara no mundo a circunstância da privatização total das atividades portuárias, só havendo registro dessa experiência em alguns portos do Reino Unido e na Nova Zelândia, segundo o estudo Port Reform Toolkit, do Banco Mundial, publicado em 2001.
No mencionado documento, especialistas afirmam que a grande maioria dos países considera a privatização total de portos, compreendendo a exploração e a operação a cargo do investidor privado e segundo seus próprios interesses, incompatível com os objetivos nacionais e regionais. São diversas as razões apresentadas para tal diagnóstico, entre elas as de que: (i) a privatização abrangente pode colocar em risco os benefícios macroeconômicos de grandes complexos portuários para a economia nacional ou regional; (ii) há risco de tratamento discriminatório entre clientes; e (iii) a privatização total pode comprometer a competição no ambiente econômico.”
E assim, diante do exposto, coerentemente, o governo pede a rejeição da proposta as senadora Kátia Abreu.
Ah, sim! O projeto da senadora foi distribuído com exclusividade à Comissão de Infraestrutura, a quem caberia decisão terminativa. Temendo vê-lo aceito lá, a então senadora Ideli Salvatti, agora uma das campeãs do esforço em favor da MP dos Portos, fez aprovar requerimentos para que ele fosse discutido e votado em mais duas comissões, a de Infraestrutura e a de Desenvolvimento Regional.
A citação que o relatório do Governo faz das duas únicas experiências, nada bem sucedidas, do modelo agora adotado pela MP dos Portos, as experiências Inglaterra e da Nova Zelândia, para mim é paradigmática, é um clássico! Depois de lançar um anátema, depois de excomungar o modelo, depois de abominá-lo e amaldiçoá-lo, o governo adota-o! Desaconselhados pelo Banco Mundial, os modelos portuários inglês e neozelandês têm agora a companhia brasileira. Alvíssaras! Nunca é tarde para aderir ao atraso!
Risca-me a memória as frases iniciais de um famoso discurso de Rui Barbosa: “Diante disso, depois disso não sei como principie…..”
Diante disso, depois disso, não sei como continue. Talvez a perplexidade do senador José Agripino sintetize a intrujice: “Isso tudo é surreal!”.
Mas aquela infeliz semana reservou aos brasileiros outra grande desgraça: os leilões da Petrobrás. Poucas vezes ouvi e li argumentos tão oportunistas, tão antinacionais, tão frágeis e tão pouco honestos a favor de alguma coisa, como os em defesa dos leilões do dia 14 de maio.
Ao ouvir e ler fiquei triste porque vi mais companheiros abandonando posições na barricada em defesa dos interesses populares e nacionais. Que tantos tenham desertado de antigas defesas, comprova-se todos os dias. Mas não esperava que a desistência ampliasse tanto.
Meu Deus! Como defender, como justificar mais esta rodada de leilões de petróleo?
Na verdade não é só o leilão do petróleo; e nem é fortuita, ocasional a coincidência que a privatização dos portos tenha sido aprovada no dia seguinte ao dos leilões. Como disse o Partido Comunista Brasileiro, o PCB, em uma corajosa e militante nota política: estamos vendo o maior processo de privatizações na história do Brasil.
Diz o PCB: privatizam-se estradas, aeroportos e portos; privatizam-se o petróleo e hidrelétricas; e, ao se colocar recursos financeiros e humanos das estatais, como o BNDES, a Petrobrás, a Caixa e o Banco do Brasil, a serviço de entes privados, temos as chamadas “privatizações brancas”.
O que é a política de formação dos tais “campeões nacionais”, cevando um mega especulador como Eike Batista, se não uma “privatização branca”?
Meu Deus! Quando esse tempo passar, quando um dia, lá na frente, alguém nos perguntar: “E naqueles tempos, o que vocês fizeram?”. Constrangidos, envergonhados, vamos responder: “Naqueles tempos criamos Eikes Batistas”.
Lembra ainda o PCB: também é uma forma de privatização a desoneração de seis bilhões de reais em impostos, beneficiando as empresas de telecomunicações para que elas possam atingir as metas que elas prometeram cumprir por contrato com o Estado brasileiro.
Não foi suficiente o escândalo das teles, passadas de mão beijada para o capital privado. Agora vamos livrá-las de pagar seis bilhões em impostos, para que elas, pobrezinhas, possam cumprir o que assinaram.
E não vejo ninguém vociferando contra o não cumprimento do contrato. Não ouço os jornalões e a Globo exigindo que os contratos sejam cumpridos.O princípio tão caro para os liberais do “pacta sunt servanda” serve apenas para o Estado, como se vê. Seis bilhões de impostos perdoados para que a teles cumpram as obrigações que assumiram e não honraram.
E, agora, como lembra a nota do PCB, a “cereja do bolo”: foram entregues à iniciativa privada, a um capitalismo claudicante, baleado pela crise, 289 blocos para a exploração de petróleo, com potencial, segundo cálculos moderadíssimos, de se produzir até 14 bilhões de barris ou quem sabe até 19 bilhões.
Com os leilões, a Agência Nacional do Petróleo espera arrecadar cerca de um bilhão de reais, uma quantia que representa zero vírgula vinte e cinco por cento do valor dos blocos. A nota do PCB fala que é menor ainda, cerca de um milonésimo do valor total.
Fantástico, não?
Nada, nada, avalia o economista Adriano Benayon, citando o químico Roldão Simas, dá para reformar um estádio de futebol para a Copa; ou como diz o PCB, dá para pagar a reforma do Maracanã, com o devido ágio à corrupção.
A ANP, talvez das agências reguladoras a mais querida da mídia e do mercado, disse que nos blocos licitados deverão ser descobertos 19 bilhões de barris de petróleo e gás, que serão exportados!
Especialistas de verdade como Fernando Siqueira e Paulo Metri, e não aqueles especialistas de fancaria que frequentam, os noticiários globais, peritos como Siqueira e Metri, citados por Benayon, perguntam: “Quem definiu que a exportação desse petróleo é a melhor opção para o Brasil?”.
Enquanto os Estados Unidos proíbem a exportação de petróleo, olhando para frente, nós fechamos os olhos à trágica experiência de países exportadores, que queimaram suas reservas por nada, para nada.
Discute-se muito hoje na Europa, com a falência do modelo neoliberal, junto do qual se enterraram os partidos ditos de esquerda, discute-se muito uma refundação da esquerda. A exaustão dos partidos trabalhistas, socialistas e socialdemocratas, abduzidos pelo neoliberalismo e campeões na aplicação das políticas de austeridade, fez espocarem novos agrupamentos de esquerda por toda a Europa. Na Inglaterra, o cineasta Ken Loach lança apelo por um novo partido, considerando definitiva, irrecuperável, a guinada do Partido Trabalhista para a direita.
Por cinco vezes, não uma ou duas, e sim por cinco vezes acompanhei o PT nas eleições presidenciais. Nas circunstâncias de hoje, fossem esses que se anunciam os candidatos, acompanharia o PT pela sexta vez. No entanto, parece claro que o PT está à deriva, distancia-se da esquerda. Como já não é mais possível classificar como de esquerda os partidos da base, que ainda assim se dizem, em que pese as posições hoje assumidas.
É à esquerda, pela esquerda, que construiremos o país e a sociedade que anelamos há tanto tempo. Não há outra saída. Boa parte da esquerda tradicional, como a camélia, caiu do galho, depois murchou, depois morreu.
Vamos estão, mais uma vez, recomeçar.

segunda-feira, maio 27, 2013

Solidariedade a Cuba!!


Estimados companheiros,

Na próxima quarta-feira, dia 29 de maio, será realizada a Pré-Conveção Brasiliense de Solidariedade a Cuba. É uma atividade de grande importância para nós do Cebrapaz e para a mobilização da XXI Convenção Nacional, que será realizada em Foz do Iguaçu-PR, no próximo mês. E será o momento de debater a integração solidárialatino-americana e caribenha e as formas de solidariedade ao povo cubano.

É muito importante que, além de participar e intervir nesta atividade, possamos ajudar na sua mobilização. Envio em anexo três do arquivos do material de convocação (que omitiu o nome do Cebrapaz, pelas razões que vocês devem saber), para serem utilizados no envio para suas listas de e-mails e nas redes sociais.

Um abraço e até lá.

Marcos Tenório, presidente do Cebrapaz/DF

COMO SUPERAR A DOR E MODELO DE RELACIONAMENTO QUE GERA TRAIÇÃO E CIUME!!!!

Por
KÁTIA MARKO

Questão fundamental dos relacionamentos deveria ser amor; mas crença na “fidelidade” interrompe fluxos, suscita fantasmas e impede viver criativo
Por Katia Marko | Imagem: Paul Gauguin, A terra dos deleites

“É pena que você pense
Que eu sou seu escravo
Dizendo que eu sou seu marido
E não posso partir
Como as pedras imóveis na praia
Eu fico ao seu lado sem saber
Dos amores que a vida me trouxe
E eu não pude viver…”
Raul Seixas

Por que a traição nos afeta tanto? A simples possibilidade da infidelidade em um relacionamento deixa alguns desesperados que nem crianças. Outros parecem não se importar, porque criaram uma defesa que os torna mais frios e também menos abertos à entrega amorosa. De qualquer forma, quando algo que cheire a infidelidade acontece, é uma avalanche, porque sempre há uma dor muito profunda em jogo.
Esta é uma questão que até hoje causa um grande desgaste nas relações, mas também tem sido fruto de debates importantes sobre o modelo monogâmico de família. Muitas pessoas já se arriscam a viver diferente.
Na Comunidade Osho Rachana, experimentamos novas formas de nos relacionar. Os casais, por exemplo, escolheram viver em casas separadas, mesmo com filhos. Não estou dizendo que a fidelidade não seja uma questão forte ainda. Mas buscamos em nossos trabalhos emocionais compreender melhor as causas do desespero.
Como Sartre e Simone de Beauvoir, poderíamos aceitar que nosso amado realizasse seus desejos e simplesmente dizer: “Eu te amo meu amor, portanto, se você sentiu atração por outra pessoa, tudo bem… Você vai ficar mais completa/o e assim a gente vai poder se amar mais”. Mas sabemos que este papo é balela na maior parte das situações.
A realidade da maioria dos mortais é bem menos libertária ou poética e o que acontece é que um parceiro tenta dominar o outro e fazer “contratos” reais, verbais ou até mesmo acordos silenciosos para evitar esta possibilidade. Apenas esquecemos que estes contratos vão também destruindo o amor.
Segundo o terapeuta corporal Prem Milan destaca em seu livro Por que você mente e eu acredito?, é um grande equívoco nos comportarmos como se tivéssemos várias torneiras que pudéssemos abrir ou fechar. “Eu fecho aqui para o João, aqui para a Maria, ali para a Francisca e mantenho aberta só para o Antônio. Esse é um erro, uma vez que a torneira da energia é uma só. Você não pode interromper seu fluxo para uns e abrir para outros. Quando você corta a possibilidade de exercer ou sentir atração fora do relacionamento, tem início um processo de perda da sensualidade. Para atender às expectativas inconscientes do outro, você passa a se vestir mal, a engordar e não se cuidar direito.”
Para não atrair outras pessoas, acabamos ficando não atraentes para nosso parceiro também. “Já não existe criatividade na relação, o sexo já não possui aquele fogo do início, não há mais espaço para o inusitado. Isso porque grande parte da energia dos dois está sendo reprimida em nome de um pacto de fidelidade que não é natural”, afirma Milan.
É claro que não existe uma fórmula de comportamentos ideais nem um manual de instruções. Tudo depende dos limites, dos sentimentos e das escolhas de cada um. Mas uma coisa é certa, conclui Milan: sempre que dizemos que aquela pessoa é nossa propriedade, o amor começa a morrer. E ele deixa claro que não defende que não existe fidelidade. “Quando se está amando profundamente, a gente só quer saber do toque da pessoa amada, só quer para si aquela energia. Mas essa é uma fidelidade que brota naturalmente, não fruto da repressão de seus impulsos e instintos. Nada garante que o desejo de ser fiel vá durar para sempre.”
Forçar a barra no quesito fidelidade tem causado grande dano aos relacionamentos, pois o amor nunca foi posse. O amor é liberdade. “A confiança no amor, mais do que na pessoa amada, é algo fundamental a ser resgatado. Sem ela, o medo do julgamento, do abandono e da rejeição estarão muito presentes, tornando quase impossível a entrega”, conclui Milan. Na sua visão, não olhar mais profundamente para esta questão implica em amar superficialmente, sem viver a verdadeira beleza do amor, sem viver o êxtase sexual, aquele momento em que nos perdemos em explosões orgásticas e que só acontece se estivermos confiando.


quinta-feira, maio 23, 2013

TORTURADORES E ASSASSINOS DEVEM SER JULGADOS E CADEIA NELES! CORAGEM PRESIDENTE DILMA!!

Derlei me mandou e reproduzo! ATÉ QUANDO OS ASSASSINOS TORTURADORES FICARAO IMPUNES. O OVERNO DILMA PRECISA DE CORAGEM. CHAMEM O POVO, CONVOQUE A SOCIEDADE, OS MOVIMENTOS SOCIAIS:Dúvida existencial
A presidente Dilma Rousseff tenta se equilibrar, com um pé em cada canoa, em meio às marolas da Comissão da Verdade, segundo coluna de Eliane Cantanhêde, da Folha. Na canoa da comissão, há uma tendência pela revisão da Lei da Anistia e a possibilidade de julgamento e punição dos agentes da repressão durante a ditadura, tanto civis quanto principalmente militares. Já na canoa das Forças Armadas, ninguém pode sequer ouvir falar em revisão da Lei da Anistia e condenação de militares apontados como responsáveis por torturas e mortes. Na comissão, a nova coordenadora vem a ser exatamente a advogada Rosa Cardoso, que defendeu Dilma quando ela própria era uma das perseguidas e torturadas do regime. As autoanistias, dentro do direito internacional, não valem, ...

Reproduzo aqui artigo de Celso Lungaretti em seu Blog "Naufrago da Utopia"

A COMISSÃO DA VERDADE, A SOFREGUIDÃO E OS HOLOFOTES


É suspeita a atitude de integrantes da Comissão Nacional da Verdade, de estarem desde já se posicionando publicamente a favor ou contra a revogação da anistia de 1979.

Isto porque nada será decidido agora. O xis da questão é se, no relatório final da Comissão, daqui a um ano e meio, vai ou não ser recomendada a anulação da aberração jurídica que permitiu aos assassinos oficiais anistiarem a si próprios.

Então, por que botaram o carro na frente dos bois, lançando o debate agora? Meu palpite é de que se trata de um terceiro tema controverso oferecido numa bandeja à imprensa, para que a Comissão da Verdade entre com destaque no noticiário.

Foi o que a presidente Dilma Rousseff cobrou, há alguns meses: maior visibilidade dostrabalhos da Comissão.

Coincidência ou não, coincidiram com o primeiro aniversário do colegiado:
  1. o anúncio da decisão de exumarem o corpo do ex-presidente João Goulart, que pode levar à comprovação de seu assassinato por envenenamento (ou, em caso contrário, fornecer um poderoso trunfo propagandístico às  viúvas da ditadura, daí a leviandade de trombetearem o que poderia ter sido feito discretamente, deixando o obaoba para depois, dependendo do resultado dos exames);
  2. a totalmente inútil convocação do megatorturador Carlos Alberto Brilhante Ustra para bater boca com membros da Comissão, cuja sessão foi aberta ao público pela primeira vez exatamente para maximizar a repercussão do deprimente espetáculo; e,
  3. agora, a também totalmente inútil antecipação de uma polêmica que só será travada para valer, se o for, no final de 2014.
Tal busca sôfrega por holofotes me fez lembrar um episódio exemplar. Em 2004, quando do 25º aniversário do simulacro de anistia que igualou as vítimas a seus carrascos, era previsível que a imprensa estivesse à cata de notícias para preencherem os espaços dedicados à efeméride.

A Comissão de Anistia programou exatamente para aquele momento o julgamento do processo de Anita Leocádia Prestes (ela estava em grande evidência por causa do recém-lançado filme Olga) e divulgou triunfalmente que lhe fora concedida uma indenização.

Anita, contudo, retrucou dignamente que não pedira tal indenização e a doaria para caridade. Seu pleito era apenas de que seu tempo de exílio fosse considerado na contagem de anos para obter uma aposentadoria como professora; só queria aquilo que pedira, não o que fora acrescentado à sua revelia.

A CAPITULAÇÃO DECISIVA FOI EM 2008

Quanto ao fulcro da questão, reitero o que tenho escrito desde meados de 2008, quando o Ministério se dividiu (Tarso Genro e Paulo Vannuchi a favor da revogação da Lei de Anistia e Nelson Jobim, contra) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva capitulou, desperdiçando uma oportunidade única para expor o blefe de velhos militares que não falavam em nome das tropas:
  • a apuração dos crimes e atrocidades da ditadura, com a consequente punição dos responsáveis, era um dever que o Estado brasileiro deveria ter cumprido logo que se deu a redemocratização, em 1985 (mas, claro, não se poderia esperar que o arenoso José Sarney colocasse o próprio pescoço na forca, depois de ter sido o mais servil capacho dos militares);
  • por culpa de um sem-número de omissos, continuamos na estaca zero até hoje, no que diz respeito à punição das bestas-feras;
  • mesmo que se derrube a vergonhosa decisão de 2010 do Supremo Tribunal Federal, na contramão das recomendações da ONU e do enfoque legal dos países civilizados, já não há mais hipótese de a condenação dos criminosos hediondos transitar em julgado antes que eles morram todos de velhice, dada a lerdeza da Justiça brasileira e o número infinito de manobras protelatórias que faculta a quem pode contratar os melhores advogados;
  • então, devemos nos preocupar é com o legado que deixaremos aos pósteros, ou seja, batalharmos para que não permaneça legitimado o escabroso precedente de uma ditadura, durante sua vigência, anistiar antecipadamente seus esbirros, concedendo-lhes uma espécie de habeas corpus preventivo.
Isto dependeria de uma negociação política.

Para eles, é inaceitável o cumprimento de penas, a perda de pensões e o pagamento de indenizações.

Já que vê-los um dia encarcerados (como merecem!) não passa de uma quimera, para nós o mais inaceitável é que eles continuem sendo formalmente tidos pelo Estado brasileiro como  anistiados  e não  como os  criminosos infames  que são. Temos de, pelo menos, desestimular reincidências, e a impunidade sacramentada pelo STF vai na direção contrária.

Existe um espaço para negociação. Mas, haverá vontade política para tanto? Lamentavelmente, sou obrigado a duvidar. Tudo indica que continuará havendo muita espuma e nada de concreto.

terça-feira, maio 21, 2013

O TREM DA HISTÓRIA E O MITO DA FALTA DE RECURSOS!!



Unica linha de trem de passageiros ainda em atividades, ligando Vitória/ES a Belo Horizonte. Saudades da Noroeste, da Sorocabana, do Rio/São Paulo!!
Por Celso Vicenzi*
De tempos em tempos, Florianópolis costuma sediar encontros para debater o sistema de transporte e o que fazer para melhorar a mobilidade urbana. Nossas autoridades adoram posar de planejadores modernos. Há muitas soluções possíveis, sem dúvida, mas a melhor delas foi inventada no século XIX. Chama-se trem. Na Europa, nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos, há de todos os tipos e modelos, principalmente a diesel e elétricos. Alguns circulam até com pneus de caminhão. Andando na superfície ou embaixo da terra, são um meio de transporte imprescindível para médias e grandes cidades.
Em Lisboa, bondes – ou “elétricos”, como denominam os portugueses – dividem o mesmo espaço das ruas com carros e ônibus. Sem conflitos. E ainda tem o metrô.
A cidade do Porto, ainda em Portugal, tem praticamente o número de habitantes de Florianópolis, e possui 60 quilômetros de linhas férreas em superfície – em boa parte junto com os automóveis – e nove quilômetros subterrâneas. Por que cidades como Porto e centenas de outras conseguem construir linhas ferroviárias viáveis e no Brasil se aceita a eterna desculpa de que o custo é muito elevado? Quanto custam os engarrafamentos para o país? A poluição? O gasto de combustível? Os acidentes de trânsito? As mortes no trânsito? Os feridos mutilados para o resto de suas vidas? Isso sem falar no tal “custo Brasil” para o transporte de mercadorias. Agora nossas autoridades, políticas e empresariais,  descobrem a urgência de uma “ferrovia do frango” para viabilizar toda uma cadeia de produção agropecuária. Há muito tempo, perdemos o trem da história.
Algum dia teremos que parar de promover debates “marqueteiros”, parar de apresentar maquetes que nunca saem das mesas e começar a implantar mais ferrovias, transporte aquaviário e vias rápidas para ônibus. E pagar o preço pelo atraso. Vai custar caro, sim. Mas vamos lamentar até quando? Até quebrar o país e inviabilizá-lo econômica e socialmente? Pequim tem hoje 442 quilômetros de linhas de metrô e começou a construí-las em 1965. São Paulo deu início logo depois, em 1974 – mais ou menos na mesma época da Cidade do México (1969). Hoje, os paulistanos dispõem de pouco mais de 70 quilômetros. A capital mexicana tem 200 quilômetros. Os custos são elevados tanto aqui quanto lá. Mas eles fazem, nós vamos ficando pelo caminho. Até mesmo em rodovias. No Brasil, apenas 12,9% das rodovias são pavimentadas. Na Argentina são 30%, no Chile 20%. Melhor nem comparar com a Índia (47%) ou México (50%).
Os trens cruzam os Estados Unidos de norte a sul, de leste a oeste. Europa e América do Norte possuem 70% das ferrovias do planeta. Trens que andam entre 200 e mais de 400 km/h e já competem com os aviões como opção de transporte rápido. Numa única estação de trem – Termini – em Roma, há 29 plataformas que ligam a capital romana às principais cidades do país. Há linhas na Europa que atravessam países. E nem é preciso mencionar a ligação Paris-Londres, que se dá ao luxo de ter 50,5 quilômetros de túneis embaixo do mar – atravessando o Canal da Mancha.
Até quando ouviremos a desculpa da falta de dinheiro? O Brasil é a oitava economia mundial. Países com PIB muito inferior possuem infraestrutura de transporte bem mais organizada. Por aqui, sobra desperdício. Nos damos ao luxo de ter um potencial de 40 mil quilômetros de vias navegáveis e utilizamos apenas 10 mil quilômetros. Temos 8 mil quilômetros de costa marítima, uma das maiores do mundo – ainda pouco usada.
No subsídio a automóveis, táxis e motos, o Brasil gasta a cada ano entre R$ 10,7 bilhões e R$ 24,3 bilhões – ou 86% de todos os subsídios das três esferas de governo (Manoel Schindwein, www.desafios.ipea.org.br). Sobra para o transporte público apenas 14% – ou algo em torno de R$ 2 bilhões. Em resumo: concedemos subsídios para aumentar os engarrafamentos nas  médias e grandes cidades e, com isso, gastar cada vez mais em duplicações de ruas, avenidas e rodovias, túneis e viadutos.  Sem falar em desapropriações para abrir espaços à sua majestade, o automóvel.
Está na hora de debater a quem pertence o espaço público. A toda a população, evidentemente. No entanto, apenas 20% dos usuários das vias públicas das grandes cidades são responsáveis pela ocupação de 80% delas. O espaço público foi privatizado para o automóvel, enquanto a maior parte da população, que não tem dinheiro para motos e carros, gasta cada vez mais tempo para ir de casa para o trabalho, em ônibus e trens precários. A ordem, na lista de prioridades, precisa ser alterada. Ônibus devem ter corredores livres. Ciclovias e linhas de trem — principalmente de superfície – precisam ser criadas e/ou ampliadas. Se duplicam e quadruplicam vias, por que nunca acham espaço para trens e bicicletas?
Em Londres, paga-se para andar de carro no centro. Em Cingapura, para comprar um carro é preciso provar que se tem onde estacioná-lo e ainda pagar uma taxa de US$ 11 mil para um período de 10 anos. O uso do automóvel precisa ser desestimulado, ao mesmo tempo em que se aumenta a eficiência e a comodidade do transporte público. Não há mágica. No espaço público, a prioridade deve ser do transporte público.
E, se não quisermos perder novamente o trem da história, é melhor começar logo a pôr o país nos trilhos. Literalmente.
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*Celso Vicenzi é ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, Prêmio Esso de Ciência e Tecnologia, com passagens por rádio, TV, jornal, revista e assessoria de imprensa. Lançou “Gol é Orgasmo”, com ilustrações de Paulo Caruso, editora Unisul. Assessora uma cooperativa de crédito (Sicoob), escreve humor no Jornal de Barreiros e no twitter @celso_vicenzi. Para contato: vicenzi@newsite.com.br




sábado, maio 18, 2013

UM DEBATE PERTINENTE NOS DIAS DE HOJE E SEMPRE!!!!


Alguém pode ser marxista e religioso?
 

 

Carlos Pompe*

O debate é recorrente. Apesar de Marx, Engels, Lenin e todos os marxistas que são referência para o debate ideológico se afirmarem materialistas, ateus, a dúvida persiste entre os que lutam pelo socialismo e querem uma sociedade justa e solidária. Dias atrás, o questionamento foi colocado numa página do Facebook e apresentou algumas das ideias que circulam sobre o assunto.

Uma internauta respondeu: “É possível, mas há aí uma contradição que um dia terá que ser resolvida...”.  Outro participante afirmou que, se a pessoa for católica e se afirmar marxista, poderá ser excomungada.  Existem encíclicas, lembrou, de vários papas condenando a participação de católicos em associações que são ateias, niilistas, maçônicas etc. Devido às posições da Igreja Católica, seu discípulo seria impossibilitado de ser marxista  – portanto, seria um problema dos adeptos do catolicismo e não da concepção marxista da natureza e da sociedade.

Houve quem considerasse que os religiosos são pessoas que precisam “encher de sentido uma vida sem sentido”, têm uma necessidade primitiva por crer em uma divindade que explica a existência das coisas. Um dos debatedores foi contundente: “É impossível dizer-se marxista sem entender Marx; e é impossível entender Marx e o materialismo histórico-dialético e, ainda assim, permanecer religioso”. No mesmo diapasão entoou uma partícipe: “A primeira condição para ser marxista é conhecer Marx, ler e entendê-lo. Portanto, pode dizer-se que é um conhecimento científico e um método. Alguém pode ser marxista sem conhecer os pressupostos da teoria marxista? Ou há uma confusão instalada aqui entre ser progressista, socialista, comunista ou marxista, como se os termos fossem equivalentes? (Mas não são)”. Houve contestação: “Eu acredito que exista gente católica, que pertence ao corpo da Igreja Católica, gente que estuda Marx, lê, entende e sabe o que é marxismo”.

Teve um que foi ácido ao considerar que “os caros amigos defendem que uma sociedade marxista deve ser toda ateia, sem haver respeito às individualidades ou coletividades que querem perpetrar a prática religiosa? Se partirmos desse pressuposto, a Venezuela não é socialista, pois o próprio Chávez era declaradamente católico fazendo até muitas citações de Jesus”. Opinião mais pragmática apareceu: “Se for religioso e lutar pelo socialismo... bola pra frente, no futuro e com o andar da carruagem as melancias se ajeitam...”

Um adepto do marxismo testemunhou: “Recentemente fui duas vezes ao Dr. Fritz, em Sabará, uma médium que dá passividade para este espírito e tive meus dois problemas de saúde resolvidos, assim como N casos”. Responderam-lhe: “A própria ciência já falou sobre a efetividade do efeito placebo, que as pessoas adquirem a cura por acreditarem que estão se tratando da melhor forma que existe”.

Houve até confissão: “Bem, eu sou marxista, mas sempre que preciso dou um pulinho no budismo, sem problemas, mas não posso afirmar categoricamente que isso não seja uma fuga minha, claro que pode ser...” Teve quem filosofasse: “Gente, a religião é uma necessidade humana. Nasceu e se desenvolveu e desenvolve de acordo com as condições MATERIAIS de cada sociedade. Ser religioso é atender a esta necessidade seja da forma que for (e são as mais variadas...)”.

Expressei também meu pensamento: Como concepção filosófica que norteia setores do movimento popular e social, o marxismo não tem dono. É ciência e método, portanto precisa ser estudado, mas uma pessoa pode dizer-se marxista e filiar-se ao Partido Comunista ou qualquer outra organização que considere marxista, sem que tenha lido Marx e os clássicos ou domine e defenda a teoria materialista-dialética. Todo marxista é socialista, mas nem todo socialista é marxista (vide Chávez), e a sociedade socialista deve ser laica e garantir a mais ampla liberdade de opinião e de crença.

Um médico pode ser ateu, islâmico, judeu, católico, budista, o que quiser, mas para ser bom médico, na hora e atender ao paciente deve levar em conta sua ciência e não sua crença. Existem as chamadas "fronteiras da ciência" – coisas que acontecem e a ciência ainda não tem explicação. A acupuntura é (ou era) um exemplo (parece que acharam a fundamentação científica, recentemente). Enquanto a ciência não "desvenda o mistério", a explicação mais fácil tem sido apelar para o sobrenatural em vez de reconhecer: mais do que isso, não sei, mas vou continuar estudante e testando...

Ciência e religião se repelem porque uma apega-se à realidade, outra ao além - e a religião, ou o idealismo filosófico, para usar o termo mais correto, não consegue demonstrar a existência do além, a não ser pela fé. A religião tem seus dogmas; a ciência, suas hipóteses e descobertas – e o critério da verdade, no dizer de Marx, é a prática. Concordo com várias das opiniões expressas no debate (aqui só coloquei algumas) e, como escreveu um dos opinantes, na luta pelo socialismo, estejamos todos unidos que, “com o andar da carruagem, as melancias se ajeitam...”

*Carlos Pompe é jornalista, marxista-leninista e editor do Vermelho/DF dentre outras coisas!!

segunda-feira, maio 13, 2013

Temporariamente inativo!!

Queridos leitores, temporariamente este Blog do Luiz Aparecido estará sem postagens novas. Pelo menos mais uns 10  dias. O motivo é que estou sem equipamento próprio e passando por problemas de agravamento de sequelas de minha doença(meliopatia cervical comporessiva). Peço desculpas a todos mas brevemente votaremos ao ar!!

quinta-feira, maio 02, 2013

A GUERRA SUJA DOS MERCENARIOS NA SIRIA!!



Manifestação popular a favor do governo Assad na Siria
Estes são os mercenários a serviço de interesses do Imperialismo e seus lacaios


Por Thomas de Toledo, da Unicamp/SP

A guerra que ocorre hoje na Síria não tem nada a ver com luta por democracia ou por direitos humanos. Na verdade ela é patrocinada por uma das mais nefastas coalizões já montadas contra um país na história do Oriente Médio, reunindo as monarquias absolutistas do Golfo (Arábia Saudita, Qatar, Iêmen, etc), Turquia (sonhando retomar o imperialismo Otomano) e como não poderia deixar de ser, Israel, União Europeia e principalmente Estados Unidos. Todos financiando grupos terroristas como a Al-Qaeda e bandos armados de mercenários como a Blackwater para gerar o caos e justificar uma invasão estrangeira para se instalar um governo servil aos seus interesses.

Os interesses de cada um desses atores são diversos: desde a construção de gasodutos, exploração do gás no mediterrâneo, desmantelamento da base naval russa, rivalidades históricas entre sunitas e xiitas, ao estabelecimento de um regime títere como existe hoje no Afeganistão. Mas o interesse comum a todos eles é redesenhar o mapa político do Oriente Médio, atacando três forças políticas: a Síria do presidente Bashar Al-Assad, o Hezbollah no Líbano, e o alvo principal, a República Islâmica do Irã.

A intervenção desta aliança estrangeira, indevidamente chamada "Amigos da Síria", tem atuado em três frentes: política, militar e midiática. Do ponto-de-vista político procuram isolar a Síria na Liga Árabe e na ONU, onde já tentaram sem sucesso aprovar uma intervenção militar no Conselho de Segurança, vetado por China e Rússia. Também, num gesto à revelia do Direito Internacional, criaram um "Conselho Nacional Sírio", formado por sírios residentes no exterior, e o reconheceram como único governo legítimo do país, sem qualquer eleição ou apoio da população local.

Em termos militar, como até agora essa coalizão não conseguiu autorização na ONU para uma intervenção direta, seguem terceirizando a guerra com mercenários e fornecendo armas a grupos jihadistas /salafistas (fundamentalistas muçulmanos), dentre os quais a própria Al-Qaeda. Mas como o presidente sírio Bashar Al-Assad tem sido bem sucedido em enfrentá-los, procuram agora apelar para novos pretextos que justifiquem a invasão. Na última semana, Barack Obama passou a alegar que o governo sírio usa armas químicas, a mesma desculpa usado por George W. Bush para invadir o Iraque.

No aspecto midiático, uma organização de Londres chamada "Observatório Sírio dos Direitos Humanos" fabrica estatísticas diárias de mortes e crimes de guerra, responsabilizando o governo sírio por tudo o que acontece, inclusive pelos atentados realizados pelos bandos armados. Em seguida, as grandes redes de notícia estadunidenses, europeias e árabes difundem tais informações como "verdades inquestionáveis", e veículos de comunicação periféricos de outros países como o Brasil apenas reproduzem.

A única saída para este conflito será política, negociada e pacífica. O ex-Secretário Geral da ONU, Kofi Annan, havia acordado entre governo e oposição um plano de 6 pontos, que não se efetivou porque a coalizão estrangeira, e especialmente os Estados Unidos, o sabotou. Até agora, Assad foi bem sucedido em promover reformas políticas no país e em integrar a oposição democrática ao processo. O que se espera, portanto, é que as forças estrangeiras respeitem a soberania síria e o desejo de seu povo de encerrar este conflito e decidir por eles mesmos quem convém representá-los.

Com Assad ou sem Assad na presidência, esta decisão cabe unicamente aos sírios e a comunidade internacional deveria respeitar sua soberania. Porém, os interesses estrangeiros obscuros não desejam a paz, muito menos respeitam a soberania síria. Dessa forma, é necessário a todo custo barrar esta guerra imperialista e fortalecer o processo de paz a todo custo.

quarta-feira, maio 01, 2013

Solidariedade aos perseguidos politicos!!!

O Brasil, “aparentemente” um Estado democrático de Direito, governado por uma presidente ex-guerrilheira, num governo de coalização com partidos democráticos, socialistas e até comunistas, deveria ser um porto seguro para perseguidos políticos de todo o mundo. MAS NÂO È!! Vide o caso de Olivério Medina, representante das FARC-EP colombianas no Brasil, Césare Batistti, ex-guerrilheiro e agora um pacato escritor, um cidadão escocês que defende a independência daquele País da Inglaterra e por fim Joseba Gonzalez, ex militante do ETA espanhol, são detidos no Brasil e entregues a sanha reacionária do que deveria ser o Supremo Tribunal Federal e a Policia Federal como carcereira.
Cadê a Secretaria dos Direitos Humanos, os direitos de asilo e o bom senso politico e legal. Tá na hora de darmos um basta a estas arbitrariedades.