terça-feira, abril 26, 2011

PCdoB ganha filiado excepcional e de peso!!!!



Geraldo Dantas Poderoso, jovem lutador pela liberdade e o socialismo, escritor, autor do livro “Nos porões da Ditadura, uma Flôr”, blogueiro e ativista politico, encontrou seu caminho e ontem, filiou-se ao PCdoB. Sergipano da cepa, agora morando em Jacarei, São Paulo, passa a militar no partido no Estado de São Paulo.

Foi uma excepcional aquisição para o partido dos comunistas, que agora conta na região de Jacarei e em São Paulo e no Brasil, de um militante altivo e corajoso que com certeza engrandecera o partido e seus quadros. Ele foi o criador também do blog “Revolucionarios Eternamente”, que infelizmente foi desativado, mas inspirou outros sites do mesmo naipe que hoje pululam na Internet. Bem vindo Geraldo!!!

sábado, abril 23, 2011

"Amor e revolução", a novela do SBT precisa melhorar!!!!



A Novela "Amor e Revolução", do SBT que passa as 22,30hs tem vários problemas apesar do conteudo ser ótimo e cumprir sua tarefa de mostrar como foi que se instalou e desenvolveu a Ditadura no Brasil. Mas tem muitas falhas de produção, cenografia e direção e o horário que é muito tardio e restringe a audiencia. Temos que cobrar do SBT mais investimento artistico na novela e mais divulgação.

Os chamados Anos de Chumbo" do periodo de mais de 20 anos de Ditadura Militar no Brasil.que reasgou uma Constituição democratica, depôs um presidente legitimamente eleito e suspendeu as garantias individuais, está sendo mostrado pela novela. Mas ainda esta com sua narrativa centrada nos primiros meses do Golpe militar. Vamos ver se vão mostrar todas as mazelas produzidas na época, a edição do AI5, que endureceu ainda mais a Ditadura, a perseguição e morte de centenas de pessoas, as cassações de parlamentares e outros absurdos.

Mobilizar para novela continuar no ar!!

As viuvas da Ditadura já tentaram impedir a exibição da novela, os milicos de pijamas e os poucos direitistas que ainda sobraram nos quartéis, estão protestando e chiando por causa da trama, que até agora só mostrou a verdade.Vamos ver até onde o SBT vai suportar as pressões da direita e se vai mostrar o envolvimento de empresarios e figuras proeminentes da época com os milicos e até apoiaram e participaram de torturas, mortes e desaparecimento de quem lutou contra a Ditadura.

Mas "Amor e Revolução", cumpre um papel importante na dramaturgia televisiva e só poderia ser produzida e exibida num canal como o SBT. A Globo que cresceu e apoiou tenasmente a Ditadura jamais faria uma novela assim. Vamos ficar atentos e mobilizados para que a novela continue e mostre toda a verdade dos "Anos de chumbo". Vai ajudar na instituição da "Comissão da Verdade", que o governo pretende instalar para revelar tudo que aconteceu nos porões da Ditadura, a morte e o desaparecimento de centenas de revolucionarios e democratas que lutavam contra o arbitrio.

quarta-feira, abril 20, 2011

Cuba realiza Congresso para modernizar e continuar Socialista!!!


Raul Castro dirige as mudanças em Cuba!

Congresso de comunistas cubanos dá lição ao mundo, diz jornalista

O 6º Congresso do Partido Comunista de Cuba ofereceu ao mundo incríveis lições de criatividade, força e valentia. A frase é da escritora e jornalista Stella Calloni.

"A reunião dos comunistas cubanos ratificou a decisão da população de revitalizar o socialismo e foi considerada uma resposta extraordinariamente sólida às pretensões colonialistas e hegemônicas dos Estados Unidos", declarou a jornalista.

Calloni discursou na última terça-feira (19) em um painel realizado no Centro de Cooperação Cultural para debater sobre "A direita mundial: o caso de Mount Pelerin e suas implicações na América Latina".

O Clube Argentino de Jornalistas Amigos de Cuba (CAPAC) divulgou uma declaração na qual caracteriza o recém-encerrado Congresso do PCC como “um dos passos mais criativos da Revolução”.

O documento enfatiza que sete milhões de cubanos participaram das assembleias prévias e enriqueceram as discussões sobre a atualização do modelo econômico para garantir a continuidade e irreversibilidade do socialismo.

Além disso, o documento ressalta que na política econômica de Cuba está presente o conceito de que o socialismo significa igualdade de direitos e de oportunidades para todos, não igualitarismo, e ratifica o princípio de que na sociedade cubana ninguém estará desamparado.

O CAPAC afirmou ainda que “se sente orgulhoso de estar junto a um governo, um povo e um partido capazes de dar exemplos extraordinários de uma verdadeira democracia popular ao mundo, apesar da adversidade a que o país está submetido".

Fonte: Prensa Latina

domingo, abril 17, 2011

Prenuncio de uma discussão sobre a Revolução. Vale a pena ler , divulgar e discutir. Sem preconceitos.



Velho companheiro,

eu comecei a escrever umas 20 linhas sobre a coluna do Clóvis Rossi e acabou saindo um artigo em que coloquei praticamente toda a minha visão revolucionária atual.

Poderia até guardar para um livro, mas acho mais importante colocar as idéias para circularem imediatamente.

E, se o que o CR prevê acontecer, a esquerda terá de repensar muitas coisas -- além de ser obrigada a responder à inevitável ofensiva propagandística da direita.

Eu propus um passo adiante. Não creio que muitos aceitem de imediato, mas a semente está lançada. O que mais eu poderia fazer?

Agradeço a força. Às vezes eu me sinto como se estivesse correndo atrás do tempo perdido. Só hoje estou podendo fazer o que gostaria de ter feito 30 anos atrás.

Um forte abraço e ótimo resto de domingo!

Celso

Meu amigo e camarada Lunga!!

Seu artigo é instigante e realmente importante. È algo para se estudar e pensar. Vou até repassar para nosso Comite Central.,Advirão criticas severas ou não. Mas voce colocou o dedo na ferida e isto é que é importante.
Vamos repassar, colocar nos blogs. Amanhã coloco no meu! e ESPERARMOS O QUE VEM AI.
VOCE ESTA SE TORNANDO UM DOS MAIS DESTACADOS E IMPORTANTES PENSADORES REVOLUCIONARIOS DE NOSSO TEMPO. Aguarde.

Um abraço e abra sua Mente e coração tambem para as criticas e uma visão diferente de Stalin e do processo revolucionario.Viu no que deu o fim das idéias e prenuncios de Stalin. Krushsov, depois Brejnev, Gorbachov , Ieltsin e o caos.
Vamos prensar. Mas dou força ao debate e te respeito pela a coraGEM e a dedicação a revolução.
Abração
lUIZaPARECIODO

EIS AI ABAIXO, O ARTIGO DO LUNGARETTI PARA DISCUTIR E PENSAR SEM PRECONCEITOS E VISANDO A UNIDADE NA DIVERSIDADE!!!!

UM IDEÁRIO PARA A REVOLUÇÃO DO SÉCULO 21

Celso Lungaretti (*)


Em sua coluna dominical -- Adeus, Fidel; adeus, silêncio? --, o veterano jornalista Clóvis Rossi aborda as "reformas econômicas que transformarão a ilha caribenha", a serem aprovadas hoje (17), no 6º Congresso do Partido Comunista Cubano.
Segundo ele, o corte de um quinto dos postos de trabalho no setor público e o estímulo à criação de um setor privado capaz de absorver tais trabalhadores implicarão a abertura do regime cubano: "às reformas econômicas que serão lançadas hoje seguir-se-á a prazo relativamente curto a reforma política".

Ele especula que a construção do porto de Mariel, financiada pelo Brasil, "só tem sentido se for para exportar para os Estados Unidos".

E, como queria demonstrar, conclui: "Se é assim, implica o restabelecimento de relações, com todo o cortejo de consequências".

Se os palpites de Clóvis Rossi estiverem certos, preparemo-nos para a grita ensurdecedora da imprensa burguesa, festejando a capitulação da pequenina ilha asfixiada pelo embargo comercial estadunidense.

E vamos, sim, dar nossa resposta a esta zombaria do jornalista:
"Na hora em que a esquerda continua sob os escombros do Muro de Berlim, começa a cair mais um muro. Talvez seja a hora de construir algo com tantos tijolos".

BECO SEM SAÍDA

Já faz quase um século que os movimentos revolucionários desviaram por atalho que acabou conduzindo a um beco sem saída.

O desvio foi decidido às vésperas da revolução soviética, quando o Partido Bolchevique discutiu dramaticamente se valia a pena tomar-se o poder num país atrasado, contrariando duas premissas marxistas: a da revolução internacional e a da construção do socialismo a partir das nações economicamente mais pujantes (e não o contrário!).

Prevaleceu o argumento de que, embora a Rússia não estivesse pronta para o socialismo, serviria como um estopim da revolução mundial, começando pela revolução alemã, prevista para questão de meses. Então, o atraso econômico russo seria contrabalançado pela prosperidade alemã; juntas, efetuariam uma transição mais suave para o socialismo.

"...finalmente, um tirano
substitui o Comitê Central..."

Deu tudo errado. A reação venceu na Alemanha, a nova república soviética ficou isolada e, após rechaçar bravamente as tropas estrangeiras que tentaram restabelecer o regime antigo, viu-se obrigada a erguer uma economia moderna a partir do nada.
Quando o ardor revolucionário das massas arrefeceu -- não dura indefinidamente, em meio à penúria --, a mobilização de esforços para superação do atraso econômico acabou se dando por meio da ditadura e do culto à personalidade.

A Alemanha nazista era o espantalho que impunha urgência: mais dia, menos dia haveria o grande confronto e a URSS precisava estar preparada. O stalinismo foi engendrado em circunstâncias dramáticas.

A república soviética acabou salvando o mundo do nazismo -- foi ela que quebrou as pernas de Hitler, sem dúvida! --, mas perdeu sua alma: já não eram os trabalhadores que estavam no poder, mas sim uma odiosa nomenklatura.

Concretizara-se a profecia sinistra de Trotski: primeiro, o partido substitui o proletariado; depois, o Comitê Central substitui o partido; finalmente, um tirano substitui o Comitê Central.

Com uma ou outra nuance, foi este o destino das revoluções que tentaram edificar o socialismo num só país: ficaram isoladas, tornaram-se autoritárias e não tiveram pujança econômica para competir com o mundo capitalista, acabando por sucumbir ou por se tornarem modelos híbridos (como o chinês, que mescla capitalismo na economia com stalinismo na política).

E AGORA, JOSÉ?

Agora, só nos resta voltarmos ao princípio de tudo: Marx.
Reassumirmos a tarefa de engendrar uma onda revolucionária que varrerá o mundo.
Esquecermos a heresia de solapar o capitalismo a partir dos seus elos mais fracos, pois o velho barbudo estava certíssimo: as nações economicamente mais poderosas é que determinam a direção para a qual as demais seguirão, e não o contrário.

Isto, claro, se tivermos como meta a condução da humanidade a um estágio superior de civilização. Pois o cerco das nações prósperas pelos rústicos e atrasados já vingou uma vez, quando Roma sucumbiu aos bárbaros... e o resultado foi um milênio de trevas.

Se, pelo contrário, quisermos cumprir as promessas originais do marxismo, as condições hoje são bem propícias do que um século atrás:

"...só unidos e solidários os
homens conseguirão sobreviver..."

• o capitalismo já cumpriu seu papel histórico no desenvolvimento das forças produtivas e está tendo sobrevida cada vez mais parasitária, perniciosa e destrutiva -- tanto que mantém a parcela pobre da humanidade sob o jugo da necessidade quando já estão criadas todas as premissas para o reino da liberdade, e o 1º mundo sob o jugo da competitividade obsessiva, estressante e neurótica, quando já estão criadas todas as premissas para uma existência fraternal, harmoniosa e criativa;

• os meios de comunicação que ele desenvolveu, como a internet, facilitam a disseminação e coordenação dos movimentos revolucionários em escala mundial, de forma que um novo 1968, p. ex., hoje seria muito mais abrangente (está longe de ser utópica, agora, a possibilidade de uma onda revolucionária varrer o mundo);

• a necessidade de adotarmos como prioridade máxima a colaboração dos homens para promover o bem comum, em lugar da ganância e da busca de diferenciação e privilégio, será dramatizada pelas consequências das alterações climáticas e da má gestão dos recursos imprescindíveis à vida humana, gerando crises tão agudas que só unidos e solidários eles conseguirão sobreviver.

Nem preciso dizer que a forte componente libertária original do marxismo tem de ser reassumida, pois os melhores seres humanos, aqueles dos quais precisamos, jamais nos acompanharão de outra forma (esta é uma das conclusões mais óbvias a serem tiradas dos acontecimentos das últimas décadas).

A bandeira da liberdade deve ser empunhada de novo pelos que realmente a podem concretizar, não pelos que só têm a oferecer um cativeiro com as grades introjetadas, pois a indústria cultural as martela dia e noite na cabeça dos videotas.

É este o edifício sólido que podemos começar a construir com os tijolos dos muros tombados.
* jornalista e escrito. htpp://naufrago-da-utopia.blogspot.com

sábado, abril 16, 2011

Link para ver o filme "O Dia que durou 21 anos"! Acessem!!!!

Amigos,
Envio abaixo o link do estupendo documentário 'O dia que durou 21 anos', de Camilo Tavares (filho de Flavio Tavares). Foi exibido há duas semanas pela TVBrasil. Nessas horas, o papel de uma TV pública mostra-se essencial.
Até assistir o filme, eu julgava que tudo o que pudesse ser revelado sobre o golpe de 1964 já havia se tornado público.
Ledo engano.
Camilo Tavares escarafunchou arquivos nos EUA e trouxe à luz os áudios das conversas de Lincoln Gordon, Kennedy e Lyndon Johnson entre 1962 e 1964. Na pauta, o envio de dinheiro para os golpistas (em especial para o IBAD) e para a Operação Brother Sam.
Vejam os três episódios que logo mais estarão nos cinemas.
Magistral!
http://limpinhocheiroso.blogspot.com/2011/04/video-completo-do-documentario-o-dia.html
abraços,
Gilberto Maringoni
__._,_.___

quarta-feira, abril 13, 2011

Osvaldão, uma lenda, um herói, um homem,um revolucionario!!



Sandra conheceu Osvaldão em Praga!!

Osvaldão, o guerrilheiro!

do Portal "Vermelho". Neste mes se relembra a deflagração da "Guerrilha do Araguaya em 1972.
Artigo de Sandra que o conheceu na Tchecoslovaquia onde ambos estudaram!


A propósito do Araguaia

SANDRA NEGRAES BRISOLLA

Osvaldo Orlando da Costa era um homem grande e simples, como seu nome. Tinha mais de dois metros de altura, era negro e bonito. Eu o conheci quando ele terminava o curso de Engenharia na Universidade de Praga, na Checoslováquia, no início dos anos 60. Eu estava chegando para estudar e ele já estava quase de saída.

Osvaldão, como era mais conhecido, era um líder inato. Aliava o bom humor contagiante com uma bondade infinita. Sempre disponível para estudar com os colegas checos e latino-americanos, andava permanentemente rodeado de estudantes, falando alegremente e chamando a atenção dos circunstantes. Sua capacidade de liderança era inconteste: chegou a participar da organização de um dos primeiros centros acadêmicos da Universidade de Praga. Alguns anos mais tarde esse tipo de atividades desembocaria na Primavera de Praga, um movimento que se iniciou a partir da mobilização de intelectuais e de estudantes.
Figura exótica no contexto europeu dos anos 60, Osvaldão era foco de curiosidade por onde quer que andasse:

- “Quando cheguei, os meninos passavam saliva no dedo e esfregavam meu braço, para ver se a cor saía! As pessoas passavam a mão no meu cabelo! Nunca tinham visto um negro antes.” - ele me contava.

Chegou até a figurar em vários filmes na Checoslováquia. Sua estampa era cobiçada pelos cineastas também no Brasil, onde queriam que ele interpretasse Zumbi
dos Palmares.

Uma vez foi um grupo de brasileiros a uma festa de comemoração do aniversário da independência do Quênia. Osvaldão fez o maior sucesso! Um dos integrantes do grupo de repente virou-se para os demais e disse:

- “Vou-me embora, gente! As checas que estão nessa festa estão a fim de preto, não a fim de branco! Aqui o preconceito existe, sim. É francamente favorável aos negros!” - completou. E saiu.


Osvaldo Orlando da Costa, o Osvaldão: “desaparecido” em Xambioá, em 1974

Em outra ocasião estávamos percorrendo o Campus da Escola de Engenharia da Universidade de Praga e Osvaldão cruzou com alguns amigos africanos, que conversaram com ele em francês por alguns minutos. Quando se afastaram, pôs-se pensativo e comentou:

- “É, Sandrinha. Preciso mesmo voltar pro Brasil! Onde já se viu preto falando francês? Tô ficando besta, sô!” - e soltou aquela gargalhada.

Já estava preparando sua volta. Tinha uma namorada loiríssima, quase da sua altura. Quando chegou a época de voltar pro Brasil, a checa queria acompanhá-lo. Mas ele ponderava, decidido:

- “Você acha que eu vou poder passear com uma lourona dessas na calçada de Copacabana? Vou ser linchado !!!”

Pouco tempo depois regressou à terra natal, deixando a loira em Praga, inconsolável.
Nunca mais o vi. Um dia eu também voltei ao Brasil. Alguns anos mais tarde fiquei sabendo que Osvaldão era um dos líderes mais destacados da guerrilha do Araguaia. Levou consigo para Ximbioá Gilberto Olímpio, com quem havia estudado em Praga.
Gilberto não chegou a terminar o curso de Engenharia, preferindo seguir as pegadas de seu amigo. Osvaldão foi um dos últimos a “desaparecer” no Araguaia, em 1974.
Hoje, 21 anos depois, procuro ansiosa seu nome entre os desaparecidos.
Percorrendo a lista por ordem alfabética, passo primeiro pelo nome de Gilberto Olímpio Maria, estudante, PC do B - Araguaia, 1973. E mais adiante, para meu espanto, leio: Osvaldo Orlando da Costa, lutador de boxe, PC do B - Araguaia, 1974.
Meu susto foi por não ver “engenheiro”, no lugar da profissão, ao lado de seu nome.

Sandra Negraes Brisolla, professora aposentada e voluntária do Depto. de Política Científica e Tecnológica da Unicamp, morou dois anos na Checoslováquia, entre 1962 e 1964

Mas não sei por quê me espantei! Afinal, “lutador de boxe” combina melhor com seu porte e sua cor! E foi então que concordei com ele! Pois é, Osvaldão! Você estava coberto de razão! Não dava pra trazer uma loira de quase dois metros de altura com você em 1963! Você teria sido linchado! Onze anos antes de ser desaparecido!

Dizia-se na época que perto de Xambioá havia uma reserva de mineral radioativo, que era alvo de contrabando por helicópteros norte-americanos que pousavam no campo, seus tripulantes desciam com roupas especiais e abriam a porta para que os moradores locais carregassem o minério, sem proteção nenhuma, a troco de algum dinheiro. Não sei se era lenda!

Hoje estão revirando o terreno de Xambioá em busca dos restos de Osvaldão e seus companheiros, 30 anos depois do massacre de que foram vítima.
Homens como Osvaldão, sacrificados na luta contra a ditadura, teriam feito muita diferença na construção de um Brasil melhor, depois da democratização! Osvaldão não era o ser insensível que se acredita encarnar nos guerrilheiros por força das condições adversas. Transpirava solidariedade e o que o movia não era nenhum complexo ou frustração, a não ser com as condições inumanas em que vivem seus concidadãos. Foi por isso que se transformou em lenda! Osvaldão antes disso já era um caso de sucesso!

Encontrar neste momento seus restos mortais, assim como o de seus companheiros, e prestar-lhe uma homenagem, não vai reparar o mal causado por seu assassinato, mas vai manter viva sua memória, para que outros se mirem em seu exemplo, tirando dele a lição de que mais importante que ter sucesso na vida é dar a ela algum sentido! Um sentido que resgate a dignidade do homem brasileiro!

segunda-feira, abril 11, 2011

Mobilizar a opinião publica a favor da exibição da novela do SBT que retrata os horrores da Ditadura!!!

Militares fascistas e os de pijamas que foram torturadores e golpistas ou acobertaram e deram ordens infames durante a Ditadura, se mobilizam contra exibição da Novela "Amor e Revolução" do SBT. Temos que reagir a esta gente e pedir que Silvio Santos não se curve a estas pressões e continue com esta saga que mostra um Brasil que muita gente, principalmente os jovens desconhecem.
Este Ministro da Defesa se transformou no porta-vóz dos fascistas que ainda restaram nas Forças Armadas. Ta na hora da Presidente Dilma se livrar dele.

domingo, abril 03, 2011

Lungaretti relembra participação dos médicos na repressão dos tempos da Ditadura!!!

JURAMENTO DE HIPÓCRATES OU DE HIPÓCRITAS?



Celso Lungaretti (*)





Deveriam ser todos como Hipócrates...

"Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higéia e Panacéia, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue...


...Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda...


...Conservarei imaculada minha vida e minha arte..."


Declaração solene que os médicos tradicionalmente fazem ao se formarem, o Juramento de Hipócrates era miseravelmente atraiçoado por médicos que serviam à ditadura de 1964/85.


O caso do atitista Olavo Hanssen -- assassinado pelos torturadores em 1970 e apresentado no laudo médico como suicida -- que relatei brevemente no artigo Olavo, Eremias, Juarez e os outros mártires nos legaram uma missão, motivou o companheiro Luiz Aparecido, militante histórico do PCdoB e preso político que foi muito torturado pelos militares, a escrever-me o seguinte:



...mas havia muitos como Shibata...

"...tambem fui levado para o Hospital Militar do Cambuci depois de 17 dias de torturas intermitentes para, segundo meus algozes, me operar dos rins, pois estava ha dias urinando puro sangue e urrando de dor. Fiquei lá uns 10 dias, quando abriram minha barriga, cujo corte esta comigo até hoje e me disseram que tinham retirado um dos meus rins que estava esmagado de tanta porrada. Voltei para a Oban/DOI-Codi costurado e ainda todo arrebentado.


Não é que só agora depois de minha doença na medula que me deixou quase paralitico descobri a verdade. No Hospital Sarah em Brasilia, fizeram uma xecagem geral em mim e descobriram que eu tinha os dois rins. Só que um ficou necrosado dentro de mim desde 1973.


Resultado que conclui depois deste exame do Sarah. Meus algozes, me abriram, não encontraram nada nos rins a não ser lesões e costuraram de novo e ficaram c om uma desculpa na ponta da lingua. Se eu morresse nas torturas, que continuaram, poderiam dizer que foi por complicações na 'operação' desnecessaria que fizeram".

A cumplicidade dos médicos com os torturadores é conhecida por todos que passamos pelos porões.


...cúmplices das práticas hediondas.

Quando estive próximo de enfartar aos 19 anos de idade, no Doi-Codi/RJ, houve um que me fez rápido exame, entupiu-me de calmantes e deve ter aconselhado os militares a não abrirem a mala de ferramentas comigo durante alguns dias (pois fui despachado logo em seguida para São Paulo e mandaram junto a recomendação de não me torturarem tão cedo).


Outros companheiros denunciaram a cumplicidade de médicos inclusive na aferição da intensidade das torturas que eles poderiam suportar.


E houve a produção em série de atestados de óbito fraudulentos, como o de Hanssen. O mais célebre foi o do chefe do Instituto Médico Legal de SP, Harry Shibata, dando Vladimir Herzog como suicida.


Shibata foi também acusado de instruir os Torquemadas sobre como poderiam torturar suas vítimas sem deixar marcas.


E ajudou, ainda, a acobertar a queima de arquivo no caso do delegado Sérgio Fleury, testemunha perigosa (sabia demais) e descontrolada (seria viciado em cocaína e estaria chantageando empresários que haviam sido cúmplices da repressão e até atuado como torturadores voluntários): recebeu e cumpriu a ordem de Celso Telles, delegado-geral da Polícia Civil, de produzir um atestado de óbito evasivo sem nem mesmo tocar no cadáver de Fleury,


Para encerrar, eis um caso emblemático extraído da ótima reportagem Assistência médica à tortura (que relaciona vários outros na mesma linha e cuja íntegra está disponível no site Direitos Humanos na Internet):

"O estudante Ottoni Guimarães Fernandes Júnior, de 24 anos, preso no Rio em 1970, também declarou na 1ª Auditoria da Aeronáutica:


...que, dentre os policiais, figura um médico, cuja função era de reanimar os torturados para que o processo de tortura não sofresse solução de continuidade; que durante os dois dias e meio o interrogado permaneceu no pau-de-arara desmaiando várias vezes e, nessas ocasiões, lhe eram aplica­das injeções na veia pelo médico a que já se referiu; que o médico aplicou no interrogado uma injeção que produzia uma contração violenta no intestino, após o que era usado o processo de torniquete..."

* jornalista, escritor e ex-preso político. http://naufrago-da-utopia.blogspot.com

sábado, abril 02, 2011

Vejam o filme. Guardem a data. Nunca podemos esquecer!!!


O Dia que durou 21 anos' estreia na TV Brasil Série de 3 episódios revela imagens e de poimentos históricos sobre o Golpe de 64 - dias 4, 5 e 6 de abril , às 22,00 horas.




'O Dia que durou 21 anos' estreia na TV Brasil Série de 3 episódios revela imagens e de poimentos históricos sobre o Golpe de 64


Outras informações sobre a série estão em www.tvbrasil.org.br/odiaquedurou21anos


*Os que viveram a ditadura militar brasileira, os que passaram por ela em brancas nuvens e os que nasceram depois que ela acabou. Todos podem conhecer melhor e refletir sobre esse período, a partir* *da nova série* *"O Dia que durou 21 anos",** *que a TV Brasil
exibe nos dias 4, 5 e 6 de abril, às 22 h.


Em clima de suspense e ação, o documentário apresenta, em três episódios de 26 minutos cada, os bastidores da participação do governo dos Estados
Unidos no golpe militar de 1964 que durou até 1985 e instaurou a ditadura no Brasil. Pela primeira vez na televisão, documentos do arquivo norte-americano, classificados durante 46 anos como *Top Secret,* serão expostos ao público. Textos de telegramas, áudio de conversas telefônicas, depoimentos contundentes e imagens inéditas fazem parte dessa série iconográfica, narrada pelo jornalista Flávio Tavares.

O mundo vivia a Guerra Fria quando os Estados Unidos começaram a arquitetar o golpe para derrubar o governo de João Goulart. As primeiras ações surgem em 1962, pelo então presidente John Kennedy. Os fatos vão se descortinando, através de relatos de políticos, militares, historiadores, diplomatas e estudiosos dos dois
países. Depois do assassinato de Kennedy, em novembro de 1963, o texano Lyndon Johnson assume o governo e mantém a estratégia d e remover Jango, apelido de Goulart. O temor de que o país se alinharia ao comunismo e influenciaria outros países da América Latina, contrariando assim os interesses dos Estados Unidos, reforçaram os movimentos pró-golpe.

A série mostra como os Estados Unidos agiram para planejar e criar as condições para o golpe da madrugada de 31 de março. E, depois, para sustentar e reconhecer o regime militar do governo do marechal Humberto Castelo Branco. Envergando uma roupa civil, ele assume o poder em 15 de abril. Castelo era chefe do Estado Maior do Exército de Jango. O governo norte-americano estava preparado para intervir militarmente, mas não foi necessário, como ressaltam historiadores e militares. O general Ivan Cavalcanti Proença, oficial da guarda presidencial, resume: "Lamento que foi um golpe fácil demais. Ninguém assumiu o comando revolucionário".

Do Brasil, duas autoridades americanas foram peças-chaves para bloquear as ações de Goulart e apoiar Castelo Branco: o embaixador dos Estados Unidos, Lincoln Gordon; e o general Vernon Walters, adido militar e que já conhecia Castelo Branco. As cartas e o áudio dos diálogos de Gordon com o primeiro escalão do governo americano são expostas. Entre os interlocutores, o presidente Lyndon Johnson, Dean Rusk (secretário de Estado), Robert McNamara (Defesa). Além de
conversas telefônicas de Johnson com George Reedy Dean Rusk; Thomas Mann (Subsecretário de Estado para Assuntos Interamericanos) e George Bundy,
assessor de segurança nacional da Casa Branca, entre outros.

Foi uma das mais longas ditaduras da América Latina. O general Newton Cruz, que foi chefe da Agência Central do Serviço Nacional de Informações (SNI) e
ex-comandante militar do Planalto, conclui: "A revolução era para arrumar a casa. Ninguém passa 20 anos para arrumar uma Casa".

Em 1967, quem assume o Planalto é o general Costa e Silva, então ministro da Guerra de Castelo. Da linha dura, seu governo consolida a repressão. As
conseqüências deste período da ditadura, seus meandros políticos e ideológicos estarão na tela. Mortes, torturas, assassinatos, violação de direitos democráticos e prisões arbitrárias fazem parte desse período dramático da história.

O jornalista Flávio Tavares, participou da luta armada, foi preso, torturado e exilado político. Através da série, dirigida por seu filho Camilo Tavares, ele explora suas vivências e lembranças. E mais: abre uma nova oportunidade de reflexão sobre o passado .

*O Dia que durou 21 anos é uma coprodução da TV Brasil com a Pequi Filmes, com direção de Camilo Tavares. Roteiro e entrevistas de Flávio e Camilo.*

Esta o Assis Soares me mandou, até com som!!!

VALEU ASSIS. Memórias de todos nós!!

“Tudo isso junto, e mais, foram anos de liberdade, anos que tudo era mais bonito, as musicas, ir à escola. Lembro de tudo como se fosse hoje. Tudo era mais mágico, os bailes, as festas. Difícil comparar com os dias de hoje, que a televisão domina tudo. Não existem mais bailes de debutantes, não existe mais os caras rebeldes, não existe mais serenatas para as namoradas, não existe mais ir ao cinema aos domingos, não existe os centro acadêmicos nas escolas, os uniformes, os carrões com pára-choques cromados, as meninas de rabo de cavalo, blusões de couro, cinemas ao ar livre, não existe mais disco de vinil, cuba libre, crusch, mirinda.”